domingo, 20 de julho de 2014

      

Efigênia Coutinho.

20/07/2014 09:20
                     Andando por sites e blogs de meus amigos literários, deparei-me com o trabalho desta escritora e poetisa, Efigênia Coutinho. 
                 Viajei em seus versos e poemas, admirei o seu trabalho feito com certeza com muito zelo e amor, com uma dedicação que só a maturidade nos presenteia, Efigênia nos brinda com seus poemas, alguns em parceria com outros autores, mas todos com uma profundidade erudita que nos encanta, por isso convido aos amigos e leitores a passear pelas palavras desta Poetisa.  



Mulher Mãe e Futura Avó - 2009 -Efigenia Coutinho e Eugénio de Sá.
M

Mulher Mãe e Futura Avó - 2009
Efigenia Coutinho
     Eu vou vendo na face da terra muitos animais errabundos, são aves, peixes, quadrúpedes. Vejo o bailado das andorinhas fenderem o céu atravessando o Oceano infinito. E vi o alcião nunca repousar as asas cansadas, suspensas sempre entre o azul do céu e o azul do grande mar.Sei também que os peixes passam dum a outro mar, e que as baleias viajam dum a outro pólo. Mas nenhuma espécie destas, vive uma vida como nós os seres humanos.
 
     Talvez eu tenha ânsia em procurar para minha vida, um sentido mais alegre, como se eu fosse um peixe, pois procuro mais a fonte que a terra, e onde ela esta se não se espelha na onda,  afigura-se que está morta toda a natureza humana. Procuro a água, amiga minha, ao pé das geleiras, onde gota a gota,estilando entre os granitos, vai beijando os macios musgos e miosótis azuis.

   Murmuram, ou antes balbuciavam aquela água palreira, como os sons duma criança que aprende a falar. Provei desta água, e achei-a doce como mel, continuei minha busca, desci da geleira pela encosta dos montes, e arroios, regatos e torrentes me encantavam as alegrias da água criança tornada menina.

      Bebi sedenta daquela água, e achei-a mais doce ainda. Os regatos e as torrentes desciam sempre,desciam todos, procurando no leito dos rios, não sei dizer o que, talvez o puro Amor, para o qual correm com ânsia fadigosa todas as criaturas vivas. Continuei a descer os rios, que correm um após outros com fúria crescente. Provei todas essas águas, e eram sempre adocicadas.

    A água criança havia-se tornado menina, e depois uma mulher, e um tempo depois uma MÃE. Todas essas águas são doces, porque são lágrimas espremidas dos olhos duma mulher Mãe, das que Amam e são Amadas, das que bendizem ao bom Deuspela vida vivida. E regatos palreiros, e torrentes ruidosas, e rios                      murmurantes desta vida, tem pouca água, visto como as alegrias duma Mãe que vai vendo a vida nascendo noutro ser, e o poder sublimado de Deus em ser Avó.
Balneário Camboriú - 2009


Efigênia
Poeta-Mãe-Avó
Eugénio de Sá
( resposta à poeta e amiga )

É ness' hídrica essência que te inspiras
No manancial que te energiza a vida
E te enche da poesia que respiras

Ah Poeta, Mãe, Avó, tu sabes bem
Que uma vida se gesta envolvida
Na água que protege e está pr'além

Da que uma fonte generosa dá
E nos mitiga a sede assim sorvida
Com a doçura própria de Yemanjá

E a tua prole ao partilhar-te os dias
Mostra-te quanto tu lhes és querida
Louvando as sedes que tu lhes sacias

Portugal.





Postado por Efigênia Coutinho

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Marias... Efigênia Coutinho e Humberto - Poeta

Marias!...
Efigênia Coutinho

Maria! 
Maria menina,
Transforma-se na surdina,
Em Maria mãe, mulher...
Desfolhando o bem-me-quer,
Vai Maria, a amante,
No seu dengo a deslumbrar,
Regendo o seu instante
Vai ao mundo encantar!

Marias! 
Num lacre de emoção
E a Inteligência usando,
Com sua sagaz compleição,
Suas marcas vão deixando.
E em suaves melodias
Numa impar magnificência,
Transbordam as mães Marias
Iluminando a existência,

Marias? 
Menina? Mãe? Mulher?
Companheira? Amiga? Amante?
Apenas Maria.
Que faz de cada instante,
Obrando com sua destreza,
Seu reino de mágica supremacia
Para mostrar sua realeza,
Que o universo reverencia! 

MENINA MARIA...
Humberto - Poeta
A ti, menina Maria,
que desperdiças teu dia
nos becos frios das ruas...
Quem te maltratou assim,
que tão cedo pôs um fim
nas vãs esperanças tuas?
Que é feito daqueles sonhos
de teres dias risonhos
com teu Príncipe Encantado?
Vai pra casa enquanto é tempo,
tira de ti o contratempo
de viver para o pecado!
És moça e sadia ainda,
mas já velha e não tão linda
verás da vida os poréns...
Não mais terás quem te afague,
nem alguém que por ti pague
a esmola de dez vinténs!
Foge dessa realidade,
sê honesta e te persuade
destes paternos conselhos:
co'um pouco de Deus e amor
jamais hás de ter pavor
de mirar-te em teus espelhos!

Postado por Efigênia Coutinho
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sábado, 7 de junho de 2014

Vento Bailador Efigenia Coutinho & Luiz Poeta

Vento Bailador

Em todo amanhecer e anoitecer,
minha alma de corpo presente,
sente passar um vento bailador
trazendo em suas asas
um terno amor...

Na alegria entrelaço
meus pensamentos ao som
da dança entre ás estrelas.
E tão visível é meu sorriso,
tão claros meus devaneios.
que ao meu riso me sorris
adivinhando-me por inteiro.

Ah! vento bailador,
nenhum teve igual encantamento
como o teu .Com ervada flecha
certeira e falaz, me cravou
peito,deixando todo seu amor.

Esta magia me pertence,
dentro d`alma deixei que
se aninhasse.
Trazendo  tua voz,
desenhando barulhos de ramos,
e bendizendo para o tempo
os momentos em que nos amamos!
Efigênia  Coutinho (Mallemont)
 Camboriú, 2000 Outubro 
      
    ASAS DE PASSARINHO 
Luiz Poeta ( sbacem - rj ) -
Luiz Gilberto de Barros
às 12 h e 36 min do Rio de Janeiro,
Brasil, especialmente para minha
eterna irmã de lirismo e sentimentos
Efigênia Coutinho.

Quando no vento tu voas
Com asas de passarinho,
O amor te mostra um caminho
Dentro da tua alma boa.

E o faz com tanto carinho,
Que uma palavra ressoa
Sutil e logo povoa
Teu peito... devagarzinho.

Teu corpo sensorializa
O frio desse momento
E todo o teu sentimento
Se solta em tua pele lisa...

E logo, no teu olhar,
Um ilustre passarinho
Mostra que há um novo ninho
Onde os sonhos vem pousar.

Então, o amor avisa
Que a tua solidão
Sumiu do teu coração
Num simples sopro de brisa.

Postado por Efigênia Coutinho

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Frenesi Efigenia Coutinho & António Zumaia.


Frenesi
Efigênia Coutinho
Quando os teus olhos, fitei,
Mundos de desejos e loucura...
Senti bater descompassado
Meu coração, em infinda formosura.
Todo o meu ser, entreguei
Num total frenesi afogueado...
Uma explosão de orbes
Entre o céu a terra, cegou-me
Com tanta sedução, aos astros elevou-me!
Há! Que esplendor, sublime fulgor!
Templos, altares, louvor...
Mundos de sentimentos e magias
Que belas Ilusões divinais. Sinfonias!
Celestes aromas vertem do corpo.
Neste altar dos deuses
Meu destino será mais belo.
Num conto de fadas me encanto...
Dourado sonho canto.
Ainda te tenho pelas noites minhas
Nas cinco pontas duma estrela brilhante,
São teus raios ainda a iluminar meu estro!
E neste supremo instante,
Em poema, este arrebatamento eu selo!
Balneário Camboriú
Frenesim
António Zumaia
Estoril – Portugal
Ajoelhado à frente desse altar,
clamando por ti ó sacerdotisa…
Em doce amplexo eu quero rezar,
neste divino amor… que se eterniza.
Confundo o céu na luz desse olhar;
Em doce prece oferece os seios,
que esse belo coração vão zelar,
nos sentimentos, a causa de enleios.
Vem deusa… no âmago do poema;
Mostra ao homem o terrível dilema:
Que apenas a poesia nos une.
Mas bem temível é essa verdade,
que arrebata aos céus e dá a saudade…
A tua ausência e do teu perfume.
Soneto de louvor ao belo poema da poetisa Efigénia Coutinho.
Estoril – Portugal
Postado por Efigênia Coutinho

domingo, 1 de junho de 2014

Amor Etéreo Ernane Gusmão e Efigenia Coutinho

AMOR ETÉREO
 Ernane Gusmão

Falar assim de longe,sem te ver
sentindo alguma coisa tão amada
é quanto ver o sol alvorescer
mal raia,doce e fresca,a madrugada.

E quando amanhesce,a lufada
de versos e poemas vou beber.
É como o peregrino a sua aguada
vai ledo,muito cedo,conhecer.

Matar a sede,sem beber a água,
como perdão,sem olvidar a mágoa
é algo que o poeta sempre faz.

Porque na vida,a gente ama e sente
e se conhece só de "tão somente"...
e mesmo na distância se compraz!...

Ernane Gusmão-190308 entre 16 e 17horas


REFÉM 
Efigênia Coutinho

Os sonhos narraremos com flores,
Refém fiquei de teus versos!
Mas muito contará por manhãs
rosadas, derramando fulgores.

E lá no etéreo manto do amor,
ao amor contido nos teus versos,
enfeitiçados pela aurora refulgente
diremos tudo o que sentimos de poentes,

Sem ter o coração magoado;
beijo do meu beijo dourado
teus lábios, mesmo que ausentes,

vamos, poeta, namorar as flores!
Olhar etéreo de estrelejados amores!
enlaçando casualmente a nossa afeição!
Postado por Efigênia Coutinho

Rosa e Mulher - Efigenia Coutinho e ZéFerro

ROSA E MULHER
Efigênia Coutinho

Quando cantas a rosa e a mulher,
Ambas se encantam do teu canto.
Divino canto para meu encanto,
Astro luminoso,água,ar,terra,fogo!

Mesmo adiando este encanto
Seja dia ou noite  não tardam
ternura, decisões arrebatam
ao quarto, induzindo ao fato!

Poesia também é promessa...
Estalam e quebram portas fechadas,
fervilhando teus passos,
onde o corpo se larga lasso!...

Desabrochando, a Mulher e a rosa,
dançam teus olhos na boca airosa,
tecendo tardes fugidamente...
O ar e o calor são incandescentes!

Balneário Camboriú

                      Para conhecer melhor o trabalho desta grande Escritora, acessem: efigeniacoutinho-duetos.blogspot.com.br/  Boa  viajem literária a todos amigos leitores.


Leia mais: http://www.escritor-leandro-campos-alves.com/news/efig%c3%aania-coutinho-/

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