terça-feira, 10 de março de 2015

Seca no sudeste.


Seca no sudeste.
Seca no Sudeste: Fenômenos naturais, humano ou anúncio do apocalipse?

           Não sei quantas pessoas terão acesso a este artigo, nem sei se todos estão prontos para receberem estas informações, pois o artigo é um elo entre a história, enigmas e a pura realidade da má administração pública, vários motivos que nos dá trazendo única consequência, a seca na Região Sudeste.
        Como um estudioso da natureza e da história, eu quero deixar claro a todos os meus amigos alguns fatos relevantes de nossa história, e tentar clarear a verdadeira realidade do nosso tempo.
          O tempo e a estiagem que estamos passando no país, e principalmente no Sudeste Brasileiro, não é um fato ocasional, não se trata de apenas um período histórico trago pelo El niño ou La liña, mas os fatos vão além destes fenômenos naturais.
        Esta seca vem agravada pela falta de competência pública, ao ver o consumo de nosso bem mais precioso aumentando na mesma proporção do crescimento de nossas metrópoles, e continuam retirando mais da natureza do que ela possa nos oferecer, sem buscar novos meios de abastecimento.
         Somando a este fato, as mudanças climáticas sólidas profetizadas por civilizações antigas, como já previa os Incas, e a forma contemporânea e escrupulosa de buscar riquezas com a morte de nossa floresta Amazônica, não poderíamos ter outro resultado, a não ser este fenômeno chamado de  seca.
            Em nossa região sudeste do Brasil, eu já quero adiantar que teremos de acostumar com esta situação, pois a seca é irreversível, previsível, e não é uma profecia, são fatos reais que estamos vivendo.
            Mas para compreendermos melhor o que falo, vamos entender alguns fatores históricos, geográficos e algumas teses.
         No passado existiu uma civilização à frente de seu tempo, que previu todos estes acontecimentos e deixou seus manuscritos para as gerações futuras, porém os céticos e estudiosos não conseguiram decifrar suas mensagens, e por não entenderem o porquê uma geração que foi extinta há séculos por motivos não explicados, poderiam profetizar o futuro.
           Outros estudiosos ou pessoas que acreditavam plenamente em terem decifrado estes manuscritos, em uma euforia errônea relataram que o mundo iria acabar em 2014, alegando que esta civilização tinha decifrado os enigmas de Deus, por isso Deus os condenou à morte.
            Porém a história não é bem esta.
            A civilização que deixou seus estudos inscritos em seu calendário lendário se trata da civilização Inca.  Civilização além de seu tempo, estudiosos da natureza e dominantes de suas fúrias, eles montaram um calendário que até hoje é estudado por muitos, e o mistério que levou muitas pessoas e estudiosos acreditarem que o fim do mundo está profetizado nele, foi  o fato que o calendário foi constituído até o ano 2014.
       Enganosamente, pois o calendário deles estipulavam as mudanças climáticas do Sol, pois os Incas mantinham a produção de suas culturas principalmente através deste calendário.
            Como o Sol é nosso astro Rei, o promissor de toda vida na terra, os Incas estudavam suas mudanças e a suas relações entre a vida e o clima.
           Da mesma forma que as civilizações do antigo egípcio, romanos e navegantes do deserto ou dos mares que estudavam os pontos luminosos do céu, posteriormente nomeadas como estrelas, e usavam suas localizações para se locomoverem e marcarem as épocas de plantios de seus cultivos.
           Os Incas da mesma forma montaram seu calendário, porém foram além, descobriram a força do campo magnético do Sol.
           O Sol é composto por uma queima de calor imensa que transforma tudo que está em seu redor e alcance, e qualquer alteração em seu ciclo mudam nossas vidas e ordem do nosso Universo.
            E o calendário Inca traz exatamente mais esta mudança, e o último cálculo da mudança do magnetismo do Sol seria exatamente neste ano 2014, isso não quer dizer o fim dos tempos e do mundo, mas sim grandes mudanças climáticas.
            Esta mudança é natural e não temos como evitá-la, mas sim, devemos aprender a viver com elas.  Porém todas estas mudanças foram agravadas e antecipadas pela intervenção humana.
            Para entendermos os fatos vamos ver alguns provérbios antigos que muitos caçoam sobre eles, mas sábios eram os antigos que conseguiam ler nas entrelinhas da natureza, e falar diretamente com Deus.
            Lembro-me quando criança ouvir meus avós dizerem que quando a árvore de Ipê floria era o início do ciclo das chuvas. Da mesma forma que os nordestinos apontam o ciclo das chuvas com as revoadas das aleluias, e por último outros anciões afirmarem que o início da pesca vem com os primeiros cantos do sabiá-laranjeira.
            Não há nada de miraculoso ou fictício nestes fatos folclóricos.
            A árvore de Ipê para quem conhece, sabe que durante quase todo ano ela fica em hibernação, assim elas retém água e se resguardam para o início do período chuvoso, pois durante a sua florada a árvore necessita muito de água.
            Eis o porquê de nossos ancestrais falarem que o Ipê flora e ressurgi para anunciar as chuvas.
            Da mesma forma a revoada da aleluia só se dá nas primeiras chuvas, pois com o cupinzeiro úmido, a fartura de mofo e fungos garante a vida da comunidade e a necessidade da cúpula da rainha para procriação futuras.
            O sabiá-laranjeira só começa cantar neste período, não é apenas coincidência da natureza, pois no período de chuvas a fartura de alimento para a espécie é maior, garantindo a procriação de sua espécie, e em especial a este pássaro, ele é um dos primeiros a acasalarem.
            Por isso os antigos conseguiam prever as chuvas.
         Porém o mundo está em plena transformação, e estes animais já estão sofrendo a metamorfose da vida para garantir a sobrevivência de sua espécie.
           As revoadas das aleluias já não são em grandes volumes, e os sabiás além de estarem cantando mais cedo para ensinarem seus filhotes seu dialeto, estão mudando a estação de sua procriação.
            Quero ressaltar que os sabiás-laranjeiras só cantam mais cedo, para evitarem a intervenção da poluição sonora proferida por nós humanos, e no silêncio da noite, eles ensinam seus dialetos aos seus filhotes.
            E como estes pequenos fatos que aqui são relatados?
            Os Incas eram uma geração que estudavam todos estes detalhes.
            Mas continuando esta explanação, vamos compreender mais um pouco dos outros fatores.
            Esta estiagem que sofremos é agravada principalmente pelo desmatamento da nossa Amazônia e pela incompetência do governo federal de frear esta destruição.
            Todos sabem que as árvores jogam na atmosfera milhões de litros d’água por dia, alimentando os rios aéreos, ou ditos Rios Flutuantes. Estes rios e seus leitos e locomoções só existem por essa relação direta entre floresta amazônica e a Cordilheira dos Andes.
            As correntes de ar movimentam estes rios e com a correlação do fator climático marítimo e de nosso relevo, que até hoje tudo estava em perfeita harmonia.
          A evaporação das águas quentes do mar Atlântico na altura da linha do Equador entra em nosso continente pela Amazônia Brasileira, e esta umidade é jogada pelos ventos sobre o continente e ao deparar com a umidade da floresta Amazônica, as nuvens aumentam de volume formando verdadeiros potenciais de rios aéreos sobre nossas cabeças.
            Este volume de águas é tocado pelos ventos ao encontro do mar Pacifico, porém ao deparar com as Cordilheiras dos Andes, os ventos se direciona à região sudeste do nosso País.
            Estes leitos do rio aéreos tem sua direção diretamente interferida por esta correlação que  levam suas águas à região sudeste.
            Com a destruição de nossas matas, o que está acontecendo é a interrupção deste elo natural, que faz com que as águas do norte não banharem mais as terras do sul. A prova está no próprio clima tempo, que nos trás todos os dias as informações sobre o excesso de águas e as cheias nos rios Solimões e Negro do Amazonas.
            Todas estas águas deveriam ser distribuídas em nossa região, mas com a interferência dos homens, o norte ficará cada dia mais afundado nas águas da natureza e o sudeste enforcado na seca.
            Podemos ver que as águas de verão que banham o sudeste, não são ocasionadas pelas frentes frias que vem do sul, mas sim, pelos grandes volumes de águas que são trazidas pelas zonas de convergências do Atlântico Sul.
            Só para ressaltar esta tese, podemos olhar na linha dos trópicos, em quase todos os continentes que estão entre o trópico de Capricórnio e a linha do Equador, são terras áridas e com grandes desertos, como exemplo o deserto do Saara. Nós só não sofremos com árida e penosa da região desértica pelo motivo de nossa principal proteção geográfica, as cordilheiras dos Andes, conforme já foi citado anteriormente, pois elas não deixam os rios aéreos seguirem diretamente para o Pacifico, e como uma comporta divina, ela transfere este leito as suas costas conduzindo-os para a região sudeste.
            E por último, como um golpe fatal e sem nenhuma clemência, vem a ganância humana e a incompetência política de nosso país interferindo neste meio.
            Nós sabemos que se recebermos de salário um valor fixo por mês, não podemos então gastar mais do que recebemos, e a natureza é exatamente igual.
            Se nós temos uma vazão de água em um manancial de um milhão de litros por segundo, não podemos gastar um milhão de litros, pois assim não conseguiremos nunca manter uma reserva natural.
            Ajuntando o fator climático e a falta de investimento em buscar novos recursos de abastecimento, o que nossa região vem passando é uma união de fatos, que a cada dia agrava mais.
            A região sudeste consome mais água que a natureza pode produzir, e agora é mais que justo a natureza cobrar por esta interferência humana.
            Os nossos governantes não são capazes de desenfrear esta destruição? Ou não querem?
            Na contra mão dos fatos, é muito engraçado ver que a região mais rica do país mantém os planos sociais do governo federal, como a bolsa família que favorece muito as regiões norte e nordeste, não ter o mesmo peso de reconhecimento na balança da sociabilidade.
            Pois estas regiões que são as mais privilegiadas com os recursos que recebem pelo recolhimento dos impostos das regiões sul e sudeste e centro-oeste, não importam com que possa acontecer com nossa região, e destroem nossa maior riqueza.
            Para deter o desmatamento da Amazônia, bastava o governo federal ter coragem e ser capaz de instituir o patrulhamento do Exército Brasileiro em toda região de floresta, dando plenos poderes de patrulhamento às forças armadas.  Devemos lembrar que todos os anos milhares de recrutas são convocados para servirem as forças armadas por salários de ajuda de custo.
            Ao sudeste cabe novos investimentos em novos mananciais, tratamento de todo esgoto, instituir um grande cinturão de proteção às margens de todos e qualquer nascente, respeitando seus leitos.
            Os agricultores não precisam ficar apreensivos com as áreas de preservação, pois eles têm mesmo é que se preocuparem com a falta de água, esta sim será a falência da agricultura brasileira.
            Só assim aprenderemos a viver nesta nova era humana, ou deveremos esperar a conta da natureza explicitarem às portas de nossas casas.
            O fator clima é irreversível, se não tivermos consciência de nossos atos e a região sul e sudeste não cobrarem do governo federal  uma posição firme e legítima de preservação da Amazônia. O País estará à beira do caos e não terá apenas uma região pobre financeiramente com imensos obstáculos de abastecimento e infraestrutura, e sim, seremos um país único em sua desigualdade territorial, porém único também na sua estrutura financeira, com grande êxodo urbano ao interior.
             Os Incas previam esta mudança, mas nunca imaginariam que seriam neste teor.
            Isso não se trata do fim do mundo, nossas vidas a Deus pertence, porém com certeza se trata da maior mudança climática sofrida após a Era do Gelo e o fim dos Dinossauros.  Ainda é tempo de refletirmos em nossos atos, e cobrar das autoridades as providencias para amenizar este destrave natural.
            Para quem deseja conhecer mais um pouco destes fatos aqui apresentados vejam algumas reportagens e estudos sobre o que aqui foi relatado.

            Equador é o nome dado à linha imaginária que resulta da intersecção da superfície da Terra com o plano que contém o seu centro e é perpendicular ao eixo de rotação. Devido a pequenos movimentos do eixo de rotação em relação à crosta terrestre - ocasionadas por diversos fatores [carece de fontes] – os polos geográficos não encontram-se em pontos fixos da superfície terrestre, e pela mesma razão a posição do equador também não é rigorosamente constante no referencial da crosta, motivo pelo qual é adotada, para a maioria dos efeitos geodésicos, uma posição média. O equador divide a superfície da Terra em dois hemisférios: o hemisfério norte, ou setentrional, que contém o polo norte, e o hemisfério sul, ou meridional, que contém o Polo Sul. O raio do equador é cerca de 6 378 km, o que corresponde a um perímetro de 40 075 km.
        Equador geodésico é o círculo máximo, definido num modelo esférico ou elipsoidal a Terra, que é perpendicular ao eixo. O plano do equador geodésico é a referência para a medição das latitudes, de 0º a 90º, para Norte e para Sul.
          Equador terrestre é a linha à superfície da Terra em que a latitude astronômica é igual a 0º. Devido às irregularidades do geoide, o equador terrestre é uma linha irregular.
            Equador celeste é a circunferência que resulta da intersecção do plano do equador com a esfera celeste. Sobre o equador celeste, a declinação é igual a 0°.
            No Brasil, Macapá é cortada pela linha do equador, no Amapá. Ali existe um complexo turístico-cultural, onde se destaca o Marco Zero, um obelisco de 30 metros de altura que tem uma abertura no alto. Nos equinócios (março e setembro), tal obelisco colima a luz do Sol em um feixe que incide sobre a linha do equador. As pessoas podem assistir a fenômeno equivalente todos os anos também em Belém, essa considerada a maior cidade e metrópole à linha do equador. 

            Cordilheira dos Andes (em língua quechua: Anti(s)) é uma vasta cadeia montanhosa formada por um sistema contínuo de montanhas ao longo da costa ocidental da América do Sul, sendo a formação geológica desta datada do período Terciário. A cordilheira possui aproximadamente oito mil quilômetros de extensão. É a maior cadeia de montanhas do mundo (em comprimento), e em seus trechos mais largos chega a 160 km do extremo leste ao oeste. Sua altitude média gira em torno de 4000 m e seu ponto culminante é o monte Aconcágua, com 6 962 m de altitude.
        A cordilheira dos Andes se estende desde a Venezuela até a Patagônia, atravessando todo o continente sul-americano, caracterizando a paisagem do Chile, Argentina, Peru, Bolívia, Equador e Colômbia, também conhecidos como países Andinos. A cordilheira surgiu em resultado de um choque ocorrido entre duas placas tectônicas: há milhões de anos, a placa de Nazca moveu-se em direção à placa sul-americana, dando origem às elevadas montanhas que hoje formam a cordilheira dos Andes.1
        Nos territórios da Colômbia e da Venezuela a cordilheira se ramifica e se prolonga até quase alcançar o mar do Caribe. Em sua parte meridional serve de longa fronteira natural entre Chile e Argentina. Na zona central, os Andes se alargam dando lugar a um planalto elevado conhecido como Altiplano, partilhado pelo Peru, Bolívia e Chile. A cordilheira volta a estreitar-se no norte do Peru e se alarga novamente na Colômbia para estreitar-se e dividir-se ao entrar na Venezuela2 .
        Com o passar dos anos alguns acidentes aéreos aconteceram na região nos Andes, mas o mais famoso foi o ocorrido com Voo Força Aérea Uruguaia 571, mais conhecido como Tragédia dos Andes ou Milagre dos Andes( El Milagro de los Andes ). Seus sobreviventes tiveram que ficar 72 dias na neve, comendo a carne dos passageiros que haviam morrido, restando no fim 16 sobreviventes.


Cordilheira dos Andes em preto.

        Rios Voadores.
        O principal rio voador do Brasil nasce no oceano Atlântico, bomba de volume ao incorporar a evaporação da floresta Amazônica, bate nos Andes e escapa rumo ao sul do país. “O vapor d’água que faz esse trajeto é importantíssimo para as chuvas de quase todo o Brasil”, afirma o engenheiro agrônomo Enéas Salati, da Universidade de São Paulo (USP). Veja a seguir os meandros impressionantes dessa gigantesca corredeira voadora.

        Corredeira voadora
        Volume de água que circula pelo céu é similar à vazão do rio Amazonas

        1- O rio voador nasce no oceano Atlântico. A água evapora no mar, perto da linha do Equador, e chega à floresta Amazônica empurrada pelos ventos alísios. Esse blocão de vapor passa rasante: 80% dele voa a, no máximo, 3 quilômetros de altura

        2- A vazão desse aguaceiro aéreo é da ordem de 200 milhões de litros por segundo (similar à do rio Amazonas), fazendo da Amazônia uma das regiões mais úmidas do planeta, além de provocar as chuvas que desabam diariamente por toda a região

        3- Enquanto passa sobre a floresta, o rio voador praticamente dobra de volume. Isso ocorre porque, ao absorver mais radiação do Sol do que o próprio oceano, a mata funciona como uma gigantesca chaleira, liberando vapor com a transpiração das árvores e a evaporação dos afluentes que correm no solo

        4- No oeste da Amazônia, a massa de umidade encontra uma barreira de montanhas de 4 quilômetros de altura, a cordilheira dos Andes, que funciona como uma represa no céu, contendo a correnteza aérea do lado de cá

        5A- Boa parte do vapor fica acumulada nos próprios Andes, sob a forma de neve. Ao derreter, essa água desce as montanhas, dando origem a córregos que, por sua vez, formarão os principais rios da bacia Amazônica, como o Amazonas

        5B- Nem todo vapor que encontra os Andes fica por ali. Cerca de 40% dessa cachoeira celeste segue rumo ao sul. A umidade passa por Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo, terminando a viagem no norte do Paraná, cerca de seis dias depois

        6A - Enquanto flui em caudalosos veios rumo ao mar, muito da água proveniente dos rios voadores é absorvido pela floresta. Quando transpiram, as árvores então liberam esse líquido em forma de vapor, fechando o ciclo que novamente alimentará a corrente no céu

        6B- Por fim, o rio voador cai em forma de chuva. Mais da metade da precipitação das Regiões Centro-Oeste e Sudeste vem dos rios aéreos da Amazônia. Além desse veio principal, outras 20 correntezas cruzam o céu do país, carregando um volume de água equivalente a 4 trilhões de caixas-d’água de 1 000 litros

        CAÇADORES DE NUVENS
        Pesquisadores “surfam” as correntezas aéreas para estudar o fenômeno

        Desde 2008, um projeto científico tenta conhecer melhor os rios voadores. O líder da pesquisa é Gerard Moss, engenheiro e explorador francês naturalizado brasileiro. O trabalho dele consiste em voar com um monomotor coletando vapor d’água. “Enquanto todos os pilotos evitam as nuvens, eu vou direto para elas”, diz. Em seu avião, Moss caça a umidade usando tubos de 40 centímetros resfriados a 70 graus negativos. Numa temperatura tão baixa, qualquer vapor que entra no tubo se transforma, imediatamente, em água. As gotas são então armazenadas para a análise em laboratório.

Império Inca.
        Império Inca (Tawantinsuyu em quíchua) foi um Estado criado pela civilização inca, resultado de uma sucessão de civilizações andinas e que se tornou o maior império da América pré-colombiana.1 A administração política e o centro de forças armadas do império ficavam localizados em Cusco (em quíchua, "Umbigo do Mundo"), no atual Peru. O império surgiu nas terras altas peruanas em algum momento do século XIII. De 1438 até 1533, os incas utilizaram vários métodos, da conquista militar à assimilação pacífica, para incorporar uma grande porção do oeste da América do Sul, centrado na Cordilheira dos Andes, incluindo grande parte do atual Equador e Peru, sul e oeste da Bolívia, noroeste da Argentina, norte do Chile e sul da Colômbia.
        O império abrangia diversas nações e mais de 700 idiomas diferentes, sendo o mais falado o quíchua. Outro idioma que se destacava era a língua aimará, de uma das principais etnias componentes, os aimarás. O nome quíchua para o império era Tawantinsuyu,2 que pode ser traduzido como as quatro regiões ou as quatro regiões unidas. Antes da reforma ortográfica era escrita em espanhol como Tahuantinsuyo. Tawantin é um grupo de quatro coisas (tawa significa "quatro", com o sufixo -ntin que nomeia um grupo); Suyu significa "região" ou "província". O império foi dividido em quatro Suyus, cujos cantos faziam fronteira com a capital, Cusco (Qosqo).
        Darcy Ribeiro considera esse padrão de organização social, que denomina de "império teocrático do regadio", semelhante aos formados há mais ou menos dois mil anos na região Mesopotâmia ou às civilizações que se desenvolveram na Índia e China mil anos depois e às civilizações Maias e Astecas na Mesoamérica. Segundo Ribeiro, esse tipo de formação imperial caracteriza-se pela tecnologia de irrigação (regadio), desenvolvendo sistemas de engenharia hidráulica, agricultura irrigada (exceção talvez dos Maias que apenas possuíam o domínio do transporte das águas), metalurgia do cobre e bronze, técnicas de construção (com deslocamento e cortes de pedras até hoje desconhecidos), notação numérica (quipos), escrita ideográfica (no caso dos astecas) e técnicas de comunicação.3 Devido ao seu governo centralizado, a organização social do império inca é frequentemente comparada àquela idealizada por governos socialistas.4
 
        
        Como não conheciam a escrita, os conhecimentos de astronomia dos incas nos foram transmitidos, principalmente pelos cronistas espanhóis.Pelo que se sabe, o ano inca correspondia ao ano solar de 365 diasDividi-se em 12 mees lunares,cada um marcando uma série de atividades religiosas realizadas na capital, a cidade de Cuzco, e atividades econômicas nas províncias.Como o ano solar contava 10,9 dias a mais que o ciclo de 12 meses lunares,os astrônomos incas periodicamente tinham de fazer ajustes no calendário para evitar que essa diferença aumentasse e comprometesse as atividades agrícolas e as cerimônias rituais.O relógio do sol construido na cidade de Machu Pichu indicava não só os dias do ano, mas também o início e o fim de cada estação - marcos do calendário agrícola e do calendário religioso inca. Para aquela sociedade, astronomia, religião e agricultura estavam profundamente entrelaçadas.

Deserto Saara.
        Os seres humanos vivem na extremidade do deserto há quase 500 mil anos. Durante a última glaciação, o deserto do Saara foi mais úmido (como o Leste africano) do que é agora, e já possuiu densas florestas tropicais. Seu clima era tão diferente que recentes estudos revelaram que o Rio Nilo corria antigamente para o Oceano Atlântico em vez de desaguar no mar Mediterrâneo. Uma mudança de poucos graus4 5 no eixo de rotação terrestre causou, há cerca de 10 mil anos, uma grande transformação climática gerando o Saara. Essa alteração, segundo alguns cientistas, gerou as condições necessárias à formação da civilização egípcia quando obrigou pessoas que já haviam desenvolvido formas de vida sedentárias (agricultura e pastoreio) e tradições históricas (civilização) a se deslocarem para o leito atual do Rio Nilo. [carece de fontes]
        O deserto é rico em história, e diversos fósseis de dinossauros e outros animais bem como resquícios de diversas civilizações já foram encontrados ali. O Saara moderno geralmente é isento de vegetação, exceto no vale do Nilo, em poucos oásis, e em algumas montanhas nele dispersas.


Veja também a reportagem de Fernando Caulyt.

        O Sudeste passa pela pior seca dos últimos 80 anos, com mais 130 municípios de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais afetados. Um relatório recente, apoiado pela ONG WWF Brasil, apontou o desmatamento na Amazônia como uma possível causa para o fenômeno – e a conseguinte crise da água. Especialistas ouvidos pela DW, porém, dizem que os motivos vão além.
        Ainda não há um estudo científico que comprove a relação direta entre desmatamento e seca. E estudiosos são céticos em fazer essa ligação, sobretudo porque a queda na precipitação em 2014 está fora da proporção na comparação com o aumento da área desmatada no último ano - em 2013 ela atingiu um total de 763 quilômetros quadrados.
        Apesar de pesquisadores concordarem sobre a importância da Amazônia na regulação do clima para todo o país, a contribuição do desmatamento para a atual seca é controversa.
Devido à capacidade das árvores de absorver água do solo, a floresta amazônica possui um importante papel para a regulação do clima na América do Sul. Ela libera umidade para atmosfera, mantendo o ar em movimento e levando chuvas para o continente.
        A umidade é exportada para regiões distantes pelos chamados "rios voadores" – sistemas aéreos de vapor – irrigando áreas no Sul, Sudeste, Centro-Oeste do Brasil, além de Bolívia, Paraguai e Argentina.
        Esse papel já foi comprovado por diversos estudos. E foi reforçado por um relatório que reuniu artigos sobre o potencial climático da floresta divulgado no final de outubro pela Articulação Regional Amazônica (ARA), como o apoio da WWF Brasil.
        O documento, porém, vai além. E aponta que o desmatamento na região pode ter um impacto significativo sobre o clima próximo e também distante da Amazônia, ao reduzir a transpiração da floresta e modificar a dinâmica de nuvens e chuvas no continente.
        "Não posso colocar toda a culpa na Amazônia, mas há uma combinação de efeitos, e o desmatamento é em parte responsável. Há também uma oscilação natural e as mudanças climáticas provocadas pelos homens", afirma Claudio Maretti, líder da Iniciativa Amazônia Viva da WWF.
        Maretti diz que os efeitos do aquecimento global pioram com o desmatamento na região, que aumenta as emissões de CO2 na atmosfera.
        Para Pedro Telles, coordenador de Clima e Energia do Greenpeace Brasil, a destruição da floresta é um dos fatores que contribuiu para causar a atual seca, mas não é o principal. "O principal fator da crise da água em São Paulo é a má gestão. Há anos já se sabia que o Sistema Cantareira tinha limitações e possivelmente chegaria a uma situação de crise e esgotamento. Há problemas na distribuição da água, o desperdício nessa etapa ultrapassa 30%, além da pouca preservação da área de manancial. Mas esses fatores nunca foram tratados adequadamente", afirma Telles.
        O biólogo Philip Fearnside, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), também é ponderado ao relacionar a seca ao desmatamento. Ele afirma que pode haver uma relação entre os dois, devido ao papel climático da floresta, mas evita apontá-lo como a causa principal. "Não temos dados para explicar uma queda de precipitação tão drástica somente por esse efeito. A queda na precipitação no corrente ano está muito fora da proporção em relação ao aumento da área desmatada de 2013 para 2014", completa Fearnside.
        Entre a comunidade científica é quase unânime a importância da Amazônia para as chuvas no continente.         No entanto, há divergências sobre sua relação com a estiagem.
        "Não dá para dizer que o desmatamento da Amazônia é responsável pela estiagem no Sudeste, porque não existe nenhum estudo científico que comprove essa relação direta", afirma o meteorologista Gilvan Sampaio, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
        Os meteorologistas da USP Terciam Ambrizzi é da mesma opinião. "É muito difícil associar a atual seca com o desmatamento. Ele causa impacto, mas numa variabilidade de mais longo prazo e contribui para as mudanças climáticas", reforça.
        Sampaio lembra que a seca foi causada pelo predomínio de uma intensa massa de ar seco sobre o estado de São Paulo durante o verão, que bloqueou as frentes frias vindas do sul trazendo as chuvas.
        Além disso, as mudanças climáticas podem estar contribuindo para a situação atual. "A seca pode ser caracterizada com um desses extremos e pode ser já uma resposta às mudanças climáticas, mas não ocorre somente por isso", completa Ambrizzi.
        Com chuvas abaixo da média, o volume de água em importantes rios e represas do Sudeste, como o rio Paraíba do Sul, a nascente do São Francisco e o Sistema Cantareira, diminuíram drasticamente. O abastecimento hídrico em várias cidades está comprometido.
        A estiagem também contribuiu para aumentar o número de incêndios florestais no Sudeste. Entre em janeiro e novembro deste ano, os focos de incêndios aumentaram 275% no Rio de Janeiro, 150% em São Paulo e 135% em Minas Gerais, em relação ao mesmo período de 2013.
        Autoria Fernando Caulyt.
        O desmatamento da Amazônia aumentou 191% em agosto e setembro de 2014, em relação ao mesmo bimestre de 2013, segundo levantamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), de Belém.


Hebert Rondon/ Ibama


        O desmatamento da Amazônia aumentou 191% em agosto e setembro de 2014, em relação ao mesmo bimestre de 2013, segundo levantamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), de Belém


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